Violência policial ressalta preconceito social contra negros da periferia

São Paulo – A ONG Capão Cidadão realizou no dia  (5) debate sobre violência das abordagens policiais contra jovens negros. Representantes de movimentos sociais ligados à população periférica participaram do evento, que aconteceu na sede do Bloco do Beco, bloco carnavalesco do Jardim Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. O debate contou com a participação do rapper Mano Brown, do grupo Racionais MCs e do ativista Sérgio Vaz, da Cooperifa, entre outros.
“Eu não suporto, não tolero mais ficar de cabeça baixa para a polícia”, afirmou Brown, durante o debate, como mostrado em reportagem realizada pela TVT. O rapper ressaltou que a população jovem negra não deve aceitar o preconceito da polícia.
Pedro Henrique Rocha, do coletivo Tamo Vivo, apontou que o racismo está enraizado pelo sistema, e que é preciso “se impor como negro” para combatê-lo.
A ONG Capão Cidadão foi criada em 2000, com o movimento “Não a violência, eu quero lazer!”. O objetivo é resgatar a cidadania para a comunidade do Capão Redondo através do acesso a cultura, esporte e lazer.
Assista a reportagem realizada pela TVT:


Brasil lembra centenário de escritora que definiu favela como quarto de despejo

“Eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos.” A metáfora é forte e só poderia ser construída dessa forma, em primeira pessoa, por alguém que viveu essa condição. Relatos como este foram descobertos na final da década de 1950 nos diários da escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Moradora da favela do Canindé, zona norte de São Paulo, ela trabalhava como catadora e registrava o cotidiano da comunidade em cadernos que encontrava no lixo. O centenário de nascimento de uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil é comemorado hoje (14).
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Nascida em Sacramento (MG), Carolina mudou-se para a capital paulista em 1947, momento em que surgiam as primeiras favelas na cidade. Apesar do pouco estudo, tendo cursado apenas as séries iniciais do primário, ela reunia em casa mais de 20 cadernos com testemunhos sobre o cotidiano da favela, um dos quais deu origem ao livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960. Após o lançamento, seguiram-se três edições, com um total de 100 mil exemplares vendidos, tradução para 13 idiomas e vendas em mais de 40 países.
“É um documento que um sociólogo poderia fazer estudos profundos, interpretar, mas não teria condição de ir ao cerne do problema e ela teve, porque vivia a questão”, avalia Audálio Dantas, jornalista que descobriu a escritora em 1958. O encontro ocorreu quando o jornalista estava na comunidade para fazer uma reportagem sobre a favela do Canindé. “Pode-se dizer que essa foi a primeira [favela] que se aproximou do centro da cidade e isso constituía o fato novo”, relembrou. Ele conta que Carolina vivia procurando alguém para mostrar o seu trabalho.
Ouça áudio da Radioagência Nacional: 
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Uma mulher briguenta que ameaçava os vizinhos com a promessa de registrar as discórdias em um livro. É assim que Audálio recorda Carolina nos primeiros encontros. “Qualquer coisa ela dizia: 'estou escrevendo um livro e vou colocar vocês lá'. Isso lhe dava autoridade”, relatou. Ao ser convidado por ela para conhecer os cadernos, o jornalista se deparou com descrições de um cotidiano que ele não conseguiria reportar em sua escrita. “Achei que devia parar com a minha pesquisa, porque tinha quem contasse melhor do que eu. Ela tinha uma força, dava pra perceber na leitura de dez linhas, uma força descritiva, um talento incomum”, declarou.
Apesar de os cadernos conterem contos, poesias e romances, Audálio se deteve apenas em um diário, iniciado em 1955. Parte do material foi publicado em 1958, primeiramente, em uma edição do grupo Folha de S.Paulo e, no ano seguinte, na revista O Cruzeiro, inclusive com versão em espanhol. “Houve grande repercussão. A ideia do livro coincidiu com o interesse da editora Francisco Alves”, relatou. O material, editado por Audálio, não precisou de correção. “Selecionei os trechos mais significativos. [O texto] foi mantido na sintaxe dela, na ortografia dela, tudo original”, apontou.
Entre descrições comuns do cotidiano, como acordar, buscar água, fazer o café, Audálio encontrou narrativas fortes que desvendavam a vida de uma mulher negra da periferia. “Ela conta que tinha um lixão perto da favela, onde ela ia catar coisas. Lá, ela soube que um menino, chamado Dinho, tinha encontrado um pedaço de carne estragada, comeu e morreu. Ela conta essa história sem comentário, praticamente. Isso tem uma força extraordinária”, exemplificou.
Para Carolina, a vida tinha cores, mas, normalmente, essa não é uma referência positiva. A fome, por exemplo, é amarela. Em um trecho do primeiro livro, a autora discorre sobre o momento em que passa fome. “Que efeito surpreendente faz a comida no nosso organismo! Eu que antes de comer via o céu, as árvores, as aves, tudo amarelo, depois que comi, tudo normalizou-se aos meus olhos.” Para Audálio, o depoimento ganha ainda mais importância por ser real. “Um escritor pode ficcionar isso, mas ela estava sentido”, disse.
Audálio relata que Carolina tinha muita confiança no próprio talento e já se considerava uma escritora, mesmo antes da publicação. “Quando o livro saiu, a alegria dela foi muito grande, mas era uma coisa esperada”, relatou. O sucesso da primeira publicação, no entanto, não se repetiu nos outros títulos. Após o sucesso de Quarto de Despejo, a editora Francisco Alves encomendou mais uma obra, a partir dos diários escritos por ela quando já morava no bairro Alto de Santana, região de classe média. Surgiu então o Casa de Alvenaria (1961) que, segundo o jornalista Audálio Dantas, responsável pela edição do material, vendeu apenas 10 mil exemplares.
Audálio lembra que Carolina se considerava uma artista e tinha pretensões de enveredar por diferentes ramos artísticos. Um deles foi a música. Em 1961, ela lançou um disco com o mesmo título de seu primeiro livro. A escritora interpreta 12 canções de sua autoria, entre elas, O Pobre e o Rico. “Rico faz guerra, pobre não sabe por que. Pobre vai na guerra, tem que morrer. Pobre só pensa no arroz e no feijão. Pobre não envolve nos negócios da nação”, diz um trecho da canção.
Para o jornalista, a escritora foi consumida como um produto que despertava curiosidade, especialmente da classe média. “Costumo dizer que ela foi um objeto de consumo. Uma negra, favelada, semianalfabeta e que muita gente achava que era impossível que alguém daquela condição escrevesse aquele livro”, avaliou. Essa desconfiança, segundo Audálio, fez com que muitos críticos considerassem a obra uma fraude, cujo texto teria sido escrito por ele. “A discussão era que ela não era capaz ou, se escreveu, aquilo não era literatura”, recordou.
Carolina de Jesus publicou ainda o romance Pedaços de Fome e o livro Provérbios, ambos em 1963. De acordo com Audálio, todos esses títulos foram custeados por ela e não tiveram vendas significativas. Após a morte da escritora, em 1977, foram publicados o Diário de Bitita, com recordações da infância e da juventude; Um Brasil para Brasileiros (1982); Meu Estranho Diário; e Antologia Pessoal (1996).
Editor: Lílian Beraldo

Cantor ataca Edir Macedo no “Cidade Alerta”

Funkeiro ataca Edir Macedo no “Cidade Alerta” (Foto: Reprodução/ Record)
Causou um enorme desconforto na Record a edição do “Cidade Alerta” do Espírito Santo na última sexta-feira (7). O policialesco recebeu o funkeiro MC Jefinho Faraó como convidado especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
Famoso por seus funks de teor erótico, o cantor apresentou vários de seus sucessos no programa, tudo com direito a coreografia e brincadeiras de Ricardo Martins, apresentador do “Cidade Alerta”. O  infortúnio é que um dos sucessos era um ataque direto ao dono da emissora, Edir Macedo, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus.
O caos aconteceu no final do programa, quando o âncora do noticiário, que falou durante váriosmomentos que estava com “dor de barriga”, largou o programa na mão do funkeiro, que seguiu cantando no ar.
Em uma dessas escapadas do apresentador para ir ao banheiro, Mc Jefinho cantou no “Cidade Alerta” um funk com rimas pesadas contra os pastores evangélicos. O refrão da música: “Oooo Pastor Marginal, da Igreja… foi quem pegou nosso dinheiro, pega ele e dá um pau” E seguiu. “Lembro dele no Maracanã, à toa ele sorria, ele ficou rico da noite para o dia”. Na música original, Jefinho fala claramente sobre o líder da Igreja Universal, Edir Macedo.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o ocorrido gerou uma enorme confusão internamente, que pode acarretar em demissões. Veja o vídeo da participação do funkeiro:


MC Guimê faz ensaio sensual com modelo para revista Sexy


MC Guimê participou de um editorial de moda para a revistaSexy do mês de março. Com o tema Naipe Ostentação, ele foi clicado pelo fotógrafo Andre Arthur, junto com uma modelo.
O cantor também aparece nas imagens sem camiseta, levando uma lambida no rosto da moça que participa das fotos.
A revista Sexy deste mês traz a modelo Katherine Fontenele na capa.

‘Funkeiro’ se entrega à polícia após postar vídeo incitando crime

Thiago Bonfim

Edgar Rodrigues da Silva, de 18 anos, conhecido entre os jovens como ‘MC Edgar’ se entregou a polícia na última sexta-feira (7), após descobrir que estava sendo investigado por um vídeo postado na internet, onde ele fazia apologia ao crime e realizava ameaças a Polícia Militar.
O funkeiro procurou a Seção de Investigações Gerais (Sig) para se entregar e prestar esclarecimentos sobre a música, que, segundo ele, teria sido feita apenas como forma de brincadeira, durante um churrasco entre amigos. “Ele disse que não tinha interesse de fazer apologia ao crime, que apenas estava reunido com alguns amigos em uma pequena festa e que resolveu gravar este vídeo. Ele falou também que não postou o vídeo na internet e alegou não ter ideia de como a gravação foi parar nas redes sociais”, disse o delegado da Sig, Thiago Passos. 
 
O vídeo, que tem vários de acessos na internet, fala sobre crimes de roubos na cidade de Três Lagoas e possíveis ataques contra a polícia. Na letra, um suposto ‘Bonde da Boa Vista’ receberia à tiros de fuzil a Polícia Militar se caso houvesse uma tentativa de intervenção durante seus crimes. De acordo com Thiago Passos, além do crime de apologia, o jovem também irá responder por corrupção de menor já que dois adolescentes, um de 15 e outro de 16 anos,participaram do vídeo. “Esses dois menores também foram ouvidos e disseram que estavam no momento em que o vídeo foi gravado e também se responsabilizaram pela postagem nas redes sociais, segundo eles, foi tudo uma grande brincadeira” disse Passos. Os dois foram liberados e vão responder pelo ato infracional. 
 
Outro caso
Esta não foi a primeira vez que um jovem vai parar na delegacia por fazer apologia ao crime. Em janeiro uma adolescente de 17 anos foi apreendida no bairro Jardim Alvorada após publicar em uma rede social, a seguinte frase:"1 parceiro morto e 5 policias no caixão". A frase gerou vários comentários de apoio e também repúdio pelas redes sociais. A postagem da garota teria sido por conta da morte de dois criminosos durante uma tentativa de assalto áuma residência no bairro Santos Dumont. 
 
A menor foi ouvida pela polícia e confessou a autoria das postagens e disse que fez por brincadeira e que estaria sob efeito de álcool. Neste caso ela também está respondendo pelo ato infracional.  
 
O delegado Thiago Passos afirmou que a polícia também usa a internet para investigar casos como este. “Nós não queremos privar ninguém de se expressar, porém é preciso ficar atento para não cometer crimes. Muitos acham que por estar atrás de um computador, podem incitar o crime e realizar ameaças e nada irá acontecer, eles estão enganados, pois a polícia também usa a internet”, afirmou o delegado.

Tributo a Senna na Sapucaí dá título à Unidos da Tijuca

Escola que homenageou os 20 anos da morte do piloto Ayrton Senna faturou seu quarto título do Carnaval carioca

Uma homenagem diferente a Ayrton Senna que encerrou os desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro deu também o título à Unidos da Tijuca, após apuração de notas emocionante ocorrida nesta quarta-feira. Com diversas alusões à velocidade e o enredo "Acelera, Tijuca!", a agremiação faturou o tetracampeonato depois de ter prestado um inesquecível tributo ao piloto brasileiro morto há 20 anos, considerado mundialmente um ícone da Fórmula 1. 
Senna, tricampeão da F1 que perdeu a vida em acidente durante o Grande Prêmio de San Marino, morreu em 1º de maio de 1994. O brasileiro bateu sua Williams contra um muro de proteção na curva de Tamburello e não resistiu. Assim, se aproveitando das duas décadas do ocorrido, a Unidos da Tijuca trouxe ao desfile personagens reais e de desenhos animados, além de Viviane e Bruno Senna, respectivamente irmã e sobrinho de Ayrton.
 
Agora, a apresentação das campeãs do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro ocorre no próximo sábado, no Sambódromo. Salgueiro, com o enredo “Gaia – A vida em nossas mãos”, ficou com o vice-campeonato, enquanto a Portela, com "Um Rio de mar a mar: do Valongo à Glória de São Sebastião", acabou em terceiro, sem quebrar o jejum de títulos que perdura desde 1984. União da Ilha, em quarto, e Imperatriz Leopoldinense, em quinto, completaram os líderes. A Império da Tijuca foi rebaixada.
 
A leitura das notas do Carnaval carioca começou movimentada pois, diferentemente do que ocorre em São Paulo nos últimos anos, as agremiações podem contar com a presença de torcida. Assim, gritos e revoltas tomavam conta de cada avaliação dada. Do lado da Vila Isabel, que defendia o título, por exemplo, um protesto tomou conta devido à falha na organização durante desfile da escola, uma vez que os apetrechos atrasaram para chegar na Sapucaí e parte das alegorias foi à avenida com roupas íntimas improvisadas ou apetrechos usados no ano passado.
 
O primeiro item a ser avaliado foi o quesito enredo, que teve bastante rigor por parte dos jurados. Salgueiro, União da Ilha, Imperatriz Leopoldinense e Unidos da Tijuca conquistaram nota máxima, enquanto escolas mais tradicionais e tidas como favoritas, como Beija-Flor, Vila Isabel e Mangueira, perderam décimos importantes. Já no critério fantasias, a então atual campeã Vila Isabel se despediu de muitos pontos devido ao caos ocorrido durante o desfile e praticamente deu adeus ao bi. 
 
Rígidos, os juízes só deram os 30 pontos possíveis no quesito alegorias e adereços à Grande Rio e à Unidos da Tijuca, que então assumiu a liderança, aproveitando também as perdas de décimos por parte dos concorrentes. A surpresa foi por conta da Beija-Flor, que ainda não tinha recebido a nota máxima em nenhum dos critérios avaliados pelos jurados. A escola de Nilópolis só recebeu seus primeiros 10 em mestre-sala e porta-bandeiras, e acalmou o público da escola na Sapucaí - um 9,7 anteriormente gerou revolta. 
 
Unidos da Tijuca continuava soberana na frente, mas samba-enredo, quinto item da lista, mudou totalmente a classificação. Salgueiro brilhou com três 10 e ultrapassou os concorrentes diretos. O fato gerou ironias dos torcedores da escola, que cantaram "Não adianta acelerar, Salgueiro vai te pegar", em alusão à perda de décimos da Unidos da Tijuca, que tem o enredo "Acelera". Em harmonia, os salgueirenses continuaram com a rivalidade aflorada com os carnavalescos da Tijuca por levarem as notas máximas novamente.
 
A diferença de dois décimos obtida até então foi diminuída com a leitura de evolução. Unidos da Tijuca levou 10 em tudo e ficou a um décimo de se igualar a Salgueiro na liderança. Mas a ponta foi novamente retomada pela escola que homenageou o piloto Ayrton Senna com a leitura das notas de conjunto. A Portela entrou de vez na briga pelo título, ficando a apenas dois décimos do líder e incendiando a apuração do Carnaval carioca.
 
A emoção atingiu patamar ainda maior com a leitura das notas de comissão de frente. Unidos da Tijuca e Salgueiro não deram chance para o azar e permaneceram com as notas máximas possíveis, enquanto a Portela perdeu dois décimos e ficou distante da conquista. Mas foi a avaliação de bateria que decidiu o Carnaval do Rio de Janeiro e consagrou de vez a campeã de 2014: a Unidos da Tijuca, que faturou seu quarto troféu - venceu também em 1936, 2010 e 2012.

RACISMO INSTITUCIONAL MONSTRÃO!!!

É Diretora que feio o que a senhora fez hein..
Secretário de Políticas de Promoção da Igualdade Racial esteve presente no evento apresentando as políticos públicas que estão ajudando na tentativa de diminuir os casos de racismos em SP.

No entanto, durante sua fala, a luz foi interrompida.
Por quê?

A Diretora da EE Deputado Hugo Lacorte Vitale interpretou que o secretário estava fazendo propaganda política do sua gestão e derrubou a energia de toda escola, cortando o som dos microfones.

Em um evento contra o racismo, tivemos AO VIVO um caso de Racismo Institucional, pois a escola é gerida pelo governo estadual, isso na cabeça da Diretora só podem ações e discussão sobre política pública se o governo do estado estiver presente e autorizar.

Mas em que lugar está escrito que não se pode falar sobre política dentro das escolas PÚBLICAS?

Carnaval Bloco do Beco 2014

Em parceria com o coletivo Bloco do Beco do Jd Ibirapuera, o EncontroÁreas de Conflito em Transformação traz para o público um debate sobre RACISMO INSTITUCIONAL.

ESCOLAS, CEUs, Bibliotecas e espaços públicos são realmente do povo? O acesso e a livre informação é permitida nesses espaços ditos públicos ou seus gestores e superiores que ditam as regras nesses equipamentos de cultura, educação e política?

Para essa conversa estão presentes:
- Mano Brown do Racionais MC's
Poeta Sérgio Vaz do Sarau Da Cooperifa
Aline Maria do Ate Lie Popularte
Thiago Vinicius da Agência Popular de Cultura Solano Trindade

E outros servições gratuitos tais como: manicure, exame de vista, verificação da pressão arterial e uma série de brincadeiras, pois é carnaval \o/

Resíduos da Ditadura


“Pede para ele parar de falar, se não eu desligo a energia!”


Assim a diretora do Colégio Estadual Hugo Lacoste Vitale, localizado no bairro Jd Maria Sampaio, ordenou para parar o debate “Racismo nas Ruas de SP”. Por lá os participantes Thiago Vinicius (Agencia Popular Solano Trindade / Observatório Popular de Direitos) , Juninho (Circulo Palmarino) , Tula Pilar (Poetisa) , e o mediador Lino(Carta Capital) falavam sobre a questão do racismo nas ruas e quando o Secretario da Promoção da Igualdade Racial, Netinho de Paula, iniciou sua fala, logo veio a ação. Por lá, dezenas de pessoas atentas a conversa, olhos brilhando, perguntas e respostas, um resíduo da ditadura, que até hoje convive na nossa educação formal.
Palavras de ordem trazem essa lembrança para dentro dos colégios. “Inspetor de aluno”, “delegacia de ensino’, “servente’, “ficar em fila e sem falar”, além dos nomes dos Colegios de nossa região, que na sua maioria é de militares.
Escola Presidente Café Filho, Escola Coronel Mario Rangel, e a própria “Deputado Hugo Lacorte Vitale”, também é um resíduo da Ditatura.


A festa que foi englobada dentro do Programa Familia na Escola, que tem que trazer as famílias para as Escolas. Neste caso cumpriu seu dever, graças ao trabalho da comunidade que juntamente com a ONG Capão Cidadão e Agencia Solano Trindade colaborando com a ação, ação essa que a direção da escola tem que prestar conta para a Delegacia de Ensino. Neste dia, os colégios tem que fazer relatórios, e a direção do colégio tem que vir trabalhar, assim como seus professores, neste sistema nós realizadores fomos a salvação, tanto para a população como também para a Direção, que convocou os Professores em Sistema de revezamento. Estes professores que na sua maioria nem deram as caras no evento, pensei no dinheiro público que se gasta, e logo olhamos pelas janelas de uma sala, la milhares de livros se estragando, uma vergonha, esse resíduos da ditadura.
Quanto a festa que realizamos só elogio mulheres, senhoras que vi fazendo uma a uma, coisas que na sua maioria parecem simples, mas que para o povo era essencial para a auto estima, limpeza de pele, medição de pressão, exame de vista, barraco cooperativa, penteado infantil, grafite, musica, alegria geral, como deveria ser o final de semana, na verdade por ali vi o quanto que é delicado a questão política no Brasil. Precisamos formar e e informar os diretores e avisar que a ditadura acabou, e avisar que o povo não merece.
Bora vamos a luta contra as injustiças, isso não é um fato isolado. Por isso vamos a luta! Confiram as fotos.

FUNK OSTENTAÇÃO no HYDDRA

SERTANEJÃO
Armazém - Débora, Janaina, Silmara, Lorian, Jéssica e Denise prestigiaram a balada sertaneja do Armazém Universitário, em São José dos Pinhais.


FUNK OSTENTAÇÃO -
Considerado atualmente como um dos mais populares nomes do movimento "funk ostentação”, vertente paulista com letras sobre artigos de luxo, MC Guimê vai embalar o Carnaval no litoral paranaense. Com realização da Prime, o funkeiro comanda, no próximo domingo, a partir das 22h, a segunda noite de folia no HYDDRA Concept Lounge (Rua Alvorada, 600) em Caiobá. Aos 21 anos, Guilherme Aparecido Dantas, o MC Guimê, morador da região de Osasco, na Grande São Paulo, teve seuboom com o hit “Tá Patrão” e emplacou outros sucessos, como “Na Pista Eu Arraso”, “Novinha Vem Que Tem”, “Isso Que É Vida” e “Plaquê de 100”, música que teve o quinto clipe mais visto no YouTube no Brasil em 2012, com mais de  43 milhões de visualizações até hoje. Seu hit mais recente é "País do Futebol", lançado no final do ano passado, cujo clipe foi gravado com participação do jogador do Barcelona Neymar Jr e o rapper Emicida.  Em menos de dois meses já alcançou a marca de 14 milhões de visualizações. Todas essas músicas devem fazer parte do repertório do show em Caiobá. O luxo descrito nas letras não corresponde à história de vida de Guimê - é, em parte, anseio do garoto humilde. Por outro lado, o funkeiro descreve novas cenas de sua vida que lembram os luxuosos clipes de rap americano dos quais é fã. Filho de um ajudante de eletricista, Guimê chegou a trabalhar numa quitanda para ajudar o pai com as despesas da casa, dos 13 aos 16 anos, quando começou a cantar. Guimê é um dos MCs que mais tem se destacado na cena nacional. Ele possui mais de 1,7 milhões curtidas em sua fanpage oficial do Facebook, 550 mil seguidores no Instagram, 437 mil no Twitter e mais de 110 milhões de acessos nos vídeos em seu canal oficial do Youtube. O MC ocupa o primeiro lugar nas categorias funk e rap no www.reverbnation.com.

GCM é acusada de reprimir Batalha de MC’s na Nicola Vivilechio

O clima de tensão entre a Guarda Municipal e integrantes da Batalha de MC’s na Praça Nicola Vivilechio, acabou em acusação de repressão por parte da corporação, segundo os rappers. Na noite da última terça-feira (18), mais de cem jovens e adultos estavam reunidos na praça para cantar e dançar e acabaram “expulsos” de lá. “Fomos confundidos por fazer parte do Movimento Sem Terra (MST) e de um grupo de um vândalo que pichou um monumento da praça. Obrigados a sair da praça de maneira autoritária e ignorante, se não ‘o pau ia comer’. Eles nem quiseram saber o que realmente ocorria no local”, afirmou o organizador, Nego Puma.
Puma alega que o encontro de MC’s acontece desde 8 de agosto de 2012, sempre às terças, na Praça. Antes da troca de secretário, ele foi recebido por Ali Sati, teria saído de lá com uma autorização e na terça seguinte, o encontro teve a presença da GCM que pediu a autorização. “Entreguei e eles disseram que não servia por falta de comunicação entre eles [da secretaria de Segurança e a secretaria de Cultura”, frisou.

Devido ao não entendimento entre a segurança e a cultura, o grupo seguiu a Batalha na calçada do Cemur, até o final do ano. Ele ressaltou que tentou por algumas vezes se reunir com o secretário de Cultura, Laércio Lopes para conseguir uma autorização para a realização do encontro, mas não conseguiu. “Com a falta de posição sofremos repressão, sem motivos, porque até vídeo do nosso encontro a prefeitura fez”, frisou.
No vídeo da prefeitura de 6:29, postado em 30 de outubro do ano passado, é possível assistir a batalha dos MC’s na praça. Na descrição consta: “Happers de Taboão da Serra e região se reúne todas as terças-feiras para a Batalha de MC's na tradicional Pç. Nicola Viviléchio do centro da cidade”. Ao todo o vídeo foi visualizado 465 vezes. (veja aqui). Nesta data, o secretário de Cultura era o Ali Sati, Laércio Lopes, assumiu a pasta no mês seguinte (dezembro).
A reportagem apurou que na ocasião, a GCM prendeu um vândalo por dano ao patrimônio público. Ele teria pichado o monumento da Bíblia que fica na praça. Devido o encontro reunir  dezenas de pessoas, a corporação, para garantir que não haveria mais baderna, teria solicitado que o grupo fizesse o evento outro dia, com autorização da secretaria de Cultura. Puma afirma que o detido, nada tem haver com seu grupo.

Entre o grupo que o vândalo pertencia houve briga, socos e chutes. A reportagem constatou que eles estavam em um lado da praça, perto do monumento e da Batalha de MC’s em outro canto, bem próximo ao Cemur, que realizou naquela noite a sessão solene pelo aniversário da cidade, de 55 anos celebrado na quarta, dia 19. Foi constado ainda, por volta das 23h50, quatro jovens, um deles machucado e com um pedaço de pau, a procura de alguém. Por questão de segurança a reportagem foi embora, sem esperar desdobramentos.
Na rede social Facebook, a ação da GCM foi amplamente criticada. “Repressão em Taboão a gente vê de montão. Um absurdo este governo tratar artistas desta forma. Falta de respeito, humanidade e solidariedade. A Sociedade está cansada disso. A Batalha TSP que já é realizada a mais de um ano e meio sofreu repressão na terça. Temos que nos organizar e fazer uma revolução logo. Aceitar esse tipo de coisa não dá mais não”, disse Márcia Figueiredo.

Continua

O grupo da Batalha de MC’s pretende continuar com os encontros na praça. “Querendo ou não a batalha ocorre. Mesmo sem aparelhos. Faremos no gogo [voz, garganta]. Estamos em reunião sobre como vamos reagir, mas deixamos bem claro que não vai ficar assim”, disse Puma.
Na quinta, ele afirmou que esteve no protocolo, pediu uma autorização solicitando para que seja feita a batalha na praça. A resposta deve sair dentro de 30 dias.

Outro lado

Entramos em contato com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura por e-mail solicitando uma nota oficial da Guarda Municipal, porém até o fechamento da matéria não obtivemos resposta.
Em contato com Laércio, ele informou que vai tentar acertar o que for melhor para todos, reafirmando que “está sempre disposto a conversar”. Afirmou que não ficou sabendo da acusação de repressão, porém ressaltou que vai conversar com o grupo e se possível chamar o representante (secretário de segurança, Gerson Brito) para a reunião. “Todos os movimentos pacíficos serão respeitados”, frisou.

OCUPAÇÃO NOVA PALESTINA, UMA “CIDADE SEM TETO”

Por Isabel Harari Roberto Oliveira, especial da Agência Vaidapé para Carta Maior
Clodoaldo Santos Costa acorda todos os dias às 7h e sai para buscar água para a cozinha coletiva do G3, maior grupo, com mais de mil barracos, da ocupação Vila Nova Palestina. Sem isso, não há café da manhã. Quando ele volta com o primeiro dos quase 20 galões que carrega às costas todo dia, as cozinheiras já o esperam, limpando e organizando o refeitório, prontas para colocar a água no fogo e preparar o café que, com bolachas e o pão com manteiga doado por um padeiro da vizinhança, ajudam a acordar e sustentar os trabalhadores que saem à labuta diária.
Aqui se aprende a lutar por nós e pelos outros também”, afirma Clodoaldo, que há mais de dez anos vive de aluguel e aprendeu com seu cunhado que é possível conquistar a casa própria através dos movimentos sociais. “Aqui não tem vitória sem luta”, ele garante. Clodoaldo deixou mulher e filhos para viver na ocupação, em busca da casa própria. Com frequência, a família o visita e participa das atividades do acampamento.
Enquanto isso, nos demais setores da ocupação, a cena se repete – os galões de água se amontoando ao lado das cozinhas. Pois além do café tem a louça e as demais refeições do dia, que está só começando na Nova Palestina. Antes de partirem para trabalhar ou estudar (há muitas crianças em todos os grupos da ocupação), os moradores assinam a lista de presença diária – método utilizado pelo MTST para controlar a frequência em suas ocupações.
Porém, muita gente permanece na Nova Palestina. Porque não faltam tarefas e atividades cotidianas na pequena cidade. Quem fica na ocupação dá conta dos chamados mutirões: de limpeza, infraestrutura, água, segurança, alimentação. Tudo funciona coletivamente, através de setoriais que cumprem diferentes papéis no acampamento. “Fazemos tudo aqui por mutirão, hoje [5/2] vamos fazer a troca da rede elétrica da ocupação”, diz Dorgival Duarte, do G5, que morava de aluguel no Jardim São Luiz, zona sul, até que o proprietário decidiu vender o imóvel e ele ficou desabrigado.
Ele explica que não é permitido ter pontos de luz nos barracos dos acampados, pelo perigo de causar incêndios nas lonas de plástico. Assim, foram construidas verdadeiras ruas e avenidas na Nova Palestina, margeadas por postes de luz.
Além da água que cada setor tem que se organizar para buscar pela manhã, há tarefas como a manutenção das lonas e madeirites e a coleta do lixo – que os moradores levam para a rua Clamecy, ao lado do barranco em que se construiu a Nova Palestina, para que haja a coleta pelo caminhão da Prefeitura uma vez por semana. Fato que implica num cheiro forte na entrada do terreno e, pior, na multiplicação dos riscos para a saúde dos acampados. Apesar da coordenação da ocupação ter requerido à administração municipal uma caçamba de lixo para que esta situação seja amenizada, o pedido ainda não foi atendido.
Meio-dia. O sol forte está a pino sobre a Nova Palestina quando se ouve gritos por toda parte: “Olha o almoço no G3″; “saindo almoço no G5″; “olha o rango no G20″. E as pessoas, escondidas debaixo de alguma réstia de sombra, começam a aparecer, uma a uma, em suas respectivas cozinhas coletivas. As filas vão se formando no momento mais aguardado desde o café da manhã. O almoço quase sempre é composto por feijão, arroz, legumes, como batata ou cenoura, e um pedaço de carne – vermelha ou branca, como as tilápias que os acampados pescam com rede no açude que fica a poucos metros em declive no fundo do terreno.
Se possível, há ainda um copo de refrigerante para cada pessoa; quando não, a água gelada mata a sede e o calor do mesmo jeito. Os mantimentos e utensílios são doados pelos próprios moradores ou por pessoas solidárias ao movimento. Às vezes, também há doações de mercados e centros de distribuição de alimentos. Aos poucos, o amontoado de pessoas dá lugar a uma pilha de pratos e talheres sujos, e o silêncio vai tomando conta de cada grupo da ocupação, como numa sesta coletiva.
O silêncio se rompe, porém, com o corre-corre das crianças – umas chegando, outras saindo para a escola. E muitas brincando, de pega-pega, futebol, pular corda, no terrão descampado no centro do terreno da ocupação. “Nós estamos construindo uma brinquedoteca para as crianças aqui no G5, para elas não ficarem debaixo do sol forte e terem um lugar pra brincar”, diz Edilaine Ferreira, uma das coordenadoras do Grupo 5 da ocupação, que morava de favor do Jardim Aracati, quando o proprietário pediu de volta o terreno e ela ficou sem um teto. Edilaine tem quatro filhos e conta que uma das maiores dificuldades na Nova Palestina é conseguir matricular as crianças em escolas públicas.
Em sua maioria, elas permanecem nos colégios que estudavam antes da ocupação: o Jardim Aracati, Jardim dos Reis e Capela IV, a cerca de 30, 40 minutos do acampamento. Não é possível realizar a matrícula em escolas mais próximas à Nova Palestina, pois os acampados não possuem comprovante de residência. Só nesse grupo, são em torno de 250 crianças.
Quem também ajuda a coordenar o G5 é “Dona Mônica”, como é respeitosamente chamada. Ela está no acampamento “desde as 11h45 do dia 29 de novembro do ano passado”, quando o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) ocupou o terreno de quase 1 milhão de metros quadrados ao lado da rua Clamecy, numa perpendicular da estrada do M’boi Mirim, sentido represa do Guarapiranga, na região do Jardim Ângela.
A Vila Nova Palestina, conforme batismo na primeira assembleia, conta hoje com oito mil famílias, cerca de 30 mil pessoas e é dividida em 21 grupos, os conhecidos “gês”. Cada grupo tem uma média de cinco coordenadores que ajudam a organizar as tarefas do cotidiano: fazer a lista de presença, a coleta do lixo, a busca d’água, a manutenção da infraestrutura, mobilizar as pessoas para as assembleias e, principalmente, resolver os conflitos existentes em toda família – normalmente briga de casais e desavenças entre crianças. “A gente encontra aqui uma nova família e vive a realidade de outras pessoas. Às vezes pensamos que nosso sofrimento é maior que o dos outros, mas sempre tem gente sofrendo mais que a gente”, diz ela, explicando que a ocupação é uma grande escola de vida.
O MTST reivindica que a prefeitura revogue o Decreto de Interesse Social lançado na gestão Kassab, que determina a construção de um parque na região e assegura apenas 10% de área edificada. Jussara Basso, militante do MTST, aponta para o Parque Ecológico do Guarapiranga, distante apenas 50 metros da ocupação, fato que evidencia a arbitrariedade da medida. A luta é pela mudança do tipo de zoneamento para uma ZEIS-4 (Zona Especial de Interesse Social 4), em que 30% da área possa ser habitada.
Os proprietários do terreno, Nelson Luz Roschel e Roberto Roschel afirmaram em nota no dia 13 de janeiro que concordam em dialogar com o movimento e entregar o terreno para os moradores caso a Prefeitura mude o zoneamento. A Secretaria de Direitos Humanos pretende realizar uma primeira reunião com os movimentos de luta por moradia na quinta-feira, dia 13 de fevereiro.
Assim como possuir pontos de luz por barraco, também é proibido construí-los em alvenaria,pois o objetivo da ocupação é conquistar moradia digna para todas as pessoas, e não se transformar em mais uma favela de São Paulo. Assim, na Nova Palestina as construções são de madeirite. “A ideia não é permanecer dessa forma. Não sabemos quanto tempo vamos ficar aqui, pode ser até o Plano Diretor ser votado, ou daqui a seis meses, é uma incerteza…”, aponta Jussara.

Além disso, também não é permitido o consumo de drogas na ocupação, à exceção do cigarro e de “uma cervejinha ou outra no final de semana”. A água, por sua vez, é levada através de uma mangueira às cozinhas coletivas até o G8, mas já há um plano de extensão do sistema até o G16. Enquanto isso não acontece, os moradores dos demais grupos vão buscando galões dia após dia para satisfazer tanto as necessidades individuais como coletivas de seus respectivos grupos.
Do ponto de vista cultural, acontecem algumas atividades para integração e diversão dos moradores da pequena cidade. De vez em quando, bingos e gincanas são organizados e a rádio, que fica em frente ao terrão onde são realizadas as assembleias, está sempre ligada, tocando música e disponível para divulgar qualquer informação que transcenda os grupos.
As assembleias, aliás, costumavam acontecer todo dia. Mas agora são realizadas em dias intercalados, sempre às 19h, quando a grande maioria dos moradores empregados chega do trabalho. Nelas, discute-se o cotidiano da Nova Palestina e questões políticas, como atos e reuniões de negociação, por exemplo, e também é passada uma lista de presença – que se soma à lista do dia a dia e à dos protestos para controlar a frequência dos acampados nas atividades da Nova Palestina.
Segundo o MTST, quanto maior a presença das pessoas no conjunto de atividades, melhor a colocação delas nas listas para conseguir moradia via programas habitacionais, como o Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, ou o CDHU, estadual.
Após a assembleia, o jantar é servido às 20h. Depois de se alimentarem, os moradores assistem TV ou conversam em pequenas rodas. Então, começa a última atividade do dia (e uma das mais importantes): a trilha, uma espécie de ronda no acampamento para garantir a segurança dos moradores durante a noite. “A gente não é polícia, só organizamos as trilhas para garantir tranquilidade das pessoas dormirem”, afirma Dorgival, que faz parte da setorial de autodefesa.
Segundo ele, cerca de 40, 50 pessoas se dividem em trilhas que vagam, umas, nos grupos e, outras, em toda a ocupação – sempre divididos em quatro ou cinco pessoas.
Além de Dorgival, muitas outras pessoas que passam o dia no acampamento se dispõem a fazer as trilhas. Entre elas, está Clodoaldo Santos Costa, coordenador do G3 que, após longas caminhadas, vai dormir às 3h. Afinal, às 7h ele precisa estar em pé – vai buscar galões de água para fazer o café, que sustentará os moradores da Vila Nova Palestina em mais um dia de luta, dentro e fora da ocupação.

NO JD. MARIA SAMPAIO: VOCÊ JÁ FOI VÍTIMA DO RACISMO?

Você já sofreu racismo nas ruas e espaços privados de São Paulo?
Para discutir episódios de preconceito que têm acontecido no município de São Paulo, principalmente os relacionados ao racismo, a Associação Capão Cidadão e a Agência Solano Trindade promovem um debate sobre o assunto durante o evento “Áreas de Conflitos em Transformação”.
Para o debate, que começa às 15hs, foram convidados:
- Thiago Vinicius – (Agencia Popular Solano Trindade)
- Julinho (Circulo Palmarino)
- Paulo Brown (Radialista)
- Tula (Pilar)
- E mediação de Lino Bocchini (Carta Capital)
Ao longo do dia, a comunidade recebe atividades como exame de vista, limpeza de pele, manicure, aferição de pressão , cantinho da leitura, penteado infantil, massagem corporal e serviço do Zoonoses. 
Além disso, haverá a exposição “Uma Outra Cidade”, de Iatã Cannabrava, e shows de Fernanda Coimbra, Mc Spyke e Mc Preto, Johnny MC , Duque R e Mano Cobra (Conexão do Morro).
Anotaí
Áreas de Conflitos em Transformação
Quando? Sábado, 22 de fevereiro, a partir das 10hs
Onde? Rua Cantanhede, sem número – próximo à EMEF Fagundes Varella – Jardim Maria Sampaio – Campo Limpo – zona sul de São Paulo
Quanto? Grátis
Informações? Clique aqui.

Imagina na Copa lança documentário sobre "rolezinhos"


O Imagina na Copa lança essa semana o primeiro episódio do "Documento Imagina", série de documentários que abordará assuntos de grande repercussão envolvendo jovens no país. O primeiro vídeo tem com tema os “rolezinhos”, fenômeno que causou alvoroço no final do ano passado e início deste ano com encontros organizados por jovens moradores de periferia nos shoppings de São Paulo. O filme conta com depoimentos do antropólogo Alexandre Barbosa Pereira, do jornalista Leandro Beguoci e dos Mc’s Spyke e Preto, de São Paulo, mostrando as diferentes visões sobre esses encontros.

A repressão policial durante esses eventos e a forma como a imprensa noticiou o “rolezinho” geraram um importante debate político e social sobre a legitimidade dos jovens de periferia no uso dos espaços da cidade e sobre seu padrão de consumo.  “A partir do momento em que a polícia militar reprime com bomba de gás, a imprensa chama de arrastão e o shopping passa a discriminar, isso passa a ser político”, afirma o antrópologo Alexandre Barbosa.

Sobre o Imagina na Copa

O Imagina na Copa é um projeto de mobilização social que usa a Copa do Mundo como um chamado para jovens transformarem o país para melhor. Nosso convite é para mobilizar a juventude brasileira a virar o jogo pro Brasil. Essa virada vai da própria inversão de sentido da frase “imagina na Copa” até da nossa própria atitude em relação ao país. As missões são convocações públicas para colocar as pessoas na rua e promover uma mudança na vida da cidade e das pessoas, de forma rápida, coletiva e divertida.

Acesse: http://imaginanacopa.com.br